Bahia já registrou mais de 9 mil acidentes com escorpião em 2025; saiba o que fazer em caso de picada

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A divulgação do número de acidentes com escorpiões na Bahia este ano tem deixado as pessoas em alerta. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA), o estado registrou 9.495 casos apenas nos quatro primeiros meses do ano. Além disso, no estado, os acidentes com escorpiões representam 71,5% das notificações envolvendo animais peçonhentos.

E o alerta é nacional. Um estudo divulgado pela revista Frontiers in Public Health aponta um aumento de 250% de picadas de escorpião no Brasil na última década. Para Sâmia Neves, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (UNIFACS), esse aumento está relacionado com fatores como o desmatamento e a expansão urbana desordenada, que resulta na perda do habitat natural dos escorpiões, o acúmulo de entulho, que oferece o esconderijo ideal para eles, e mudanças climáticas.

“Outros fatores importantes são a redução dos predadores de escorpiões por conta das ações antrópicas e o poder de adaptação de algumas espécies”, explica a especialista. Na Bahia, as duas espécies do aracnídeo mais comuns são o Tityus stigmurus (escorpião amarelo), cuja peçonha pode causar acidentes moderados a graves, principalmente em crianças e idosos, e o Tityus confluens, que possui uma peçonha mais leve, com sintomas menos graves.

Cuidados após picada

A letalidade da picada de um escorpião pode variar a depender da espécie do aracnídeo, da quantidade de veneno injetado, idade e condições de saúde da vítima e o tempo entre a picada e o atendimento médico. “Crianças e adolescentes são mais suscetíveis a quadros graves por conta da menor massa corporal e do sistema fisiológico não amadurecido”, afirma Sâmia Neves.

Em caso de acidentes com escorpião é essencial buscar atendimento médico o mais breve possível. Outras medidas importantes, incluem:

Lavar o local da picada com água e sabão;
Aplicar compressa fria para aliviar a dor;
Manter o membro picado elevado, se possível;
Não amarrar ou fazer torniquete;
Não furar, cortar ou aplicar substâncias no local da picada;
Tentar identificar o escorpião, ainda que por foto, pois isso ajuda na conduta médica.

Fonte: Acorda Cidade

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