Além dos arraiais: tiroteios e banho de sangue marcam o mês de junho na Bahia

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132 tiroteios foram registrados em junho |  Foto: Reprodução / depositphotos

Além das fogueiras, fogos de artifício e comidas típicas, o mês de junho também foi marcado por uma série de acontecimentos pesados nas comunidades de Salvador. Regiões como o Subúrbio e Cidade Baixa (CBX) enfrentaram momentos de tensão em meio a tiroteios e um banho de sangue.

Um dos acontecimentos mais pesados foi registrado no dia 29 de junho, quando uma festa do tipo paredão, no bairro de Alto do Cabrito, terminou com nove pessoas baleadas, entre elas uma gestante e mais sete adultos (seis homens e uma mulher), além de duas mortas após um ataque a tiros.

Essa é apenas uma pequena parte das 135 pessoas baleadas em Salvador e RMS, em 132 tiroteios registrados, conforme dados divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado. A organização indicou que os casos envolvendo ‘bang-bang’ aumentaram 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Confira os números:

Junho de 2025: 132 tiroteios (60 em ações policiais), 103 mortos e 32 feridos;

Junho de 2024: 125 tiroteios (51 em ações policiais), 86 mortos e 17 feridos.

Perfil das vítimas

De acordo com a pesquisa, as vítimas se dividem entre homens e mulheres adultos. Dos 103 mortos, 97 eram homens, quatro eram mulheres e duas pessoas não tiveram o gênero identificado. Entre os 32 feridos, 20 eram homens, sete eram mulheres e cinco pessoas não identificadas.

Ao todo, 126 adultos foram baleados, com 99 mortos e 27 feridos. Porém, os jovens também entram na estatística, com dois adolescentes mortos e um ferido.

No recorte étnico-racial, 35 das vítimas assassinadas pelos disparos eram consideradas negras e duas brancas. O restante não foi identificado.

Confira mais detalhes:

Um agente de segurança foi morto por arma de fogo;

Um mototaxista e um vendedor ambulante foram mortos;

Uma gestante foi morta e outra ferida;

Três civis foram feridos e um morto por bala perdida;

Sete civis mortos em duas chacinas.

Sem hora e nem lugar

A pesquisa mostrou que os tiroteios foram registrados em diferentes lugares ao longo de junho, muitos que fazem parte da rotina da população. Exemplo disso, são as sete pessoas baleadas dentro da própria casa. Além disso, nove foram baleadas em eventos.

Nem mesmo carros e buzus foram garantia de segurança, pois duas pessoas acabaram baleadas durante o tráfego e uma num posto de gasolina.

Outro local bastante movimentado, principalmente em comunidades, as barbearias costumam ser um lugar de resenha e de dar ‘um grau’ no estilo, mas ao menos uma pessoa morreu e outra ficou ferida em alguns desses espaços

Locais mais ‘bocas quente’

Entre os locais mais afetados pelas trocas de tiros estão: Mata Escura, Lobato, Boca do Rio, Federação e Jardim Nova Esperança, em Salvador. Além disso, os bairros de Vila Praiana (Lauro de Freitas) e Amado Bahia (Mata de São João) também estão entre os locais com mais registro de violência armada.

Fonte: A Massa

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