SUS passa a oferecer novos tratamentos hormonais para endometriose

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Foto: Marcello Casal Jr./AgBr arquivo

A partir de agora, mulheres diagnosticadas com endometriose contarão com duas novas opções de tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. A incorporação dos medicamentos foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e anunciada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (9).

O DIU-LNG é um método contraceptivo de longa duração que libera hormônio diretamente no útero, suprimindo o crescimento do tecido endometrial fora da cavidade uterina. Segundo o ministério, é especialmente indicado para pacientes com restrição ao uso de anticoncepcionais orais combinados, e sua substituição só é necessária a cada cinco anos, o que favorece a adesão ao tratamento.

Já o desogestrel, outro contraceptivo hormonal, age bloqueando a atividade hormonal que leva à formação de lesões endometriais. A substância poderá ser prescrita já na avaliação clínica inicial, antes mesmo da confirmação diagnóstica por exames, atuando como opção de primeira linha no combate à dor e à progressão da doença.

Para que as novas terapias comecem a ser distribuídas de forma efetiva no SUS, o Ministério da Saúde informou que ainda será necessária a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da endometriose, com orientações detalhadas sobre o uso dos medicamentos.

A endometriose é uma doença ginecológica inflamatória crônica que se caracteriza pela presença de tecido semelhante ao endométrio — que reveste o útero — em outras regiões do corpo, como ovários, bexiga e intestino. Entre os principais sintomas estão: cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante relações sexuais, infertilidade e alterações intestinais ou urinárias com padrão cíclico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva, o equivalente a mais de 190 milhões de pessoas em todo o mundo.

(Fonte: Agência Brasil)

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