Governo não vê risco de crise do fogo como a de 2024

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Foto: Divulgação/Arquivo
Floresta Amazônica 18 de agosto de 2025 | 09:13

Governo não vê risco de crise do fogo como a de 2024

Técnicos do Ministério do Meio Ambiente fazem um prognóstico favorável sobre a possibilidade de o país ser atingido por uma crise do fogo que nem a de 2024 e avaliam que esse cenário dificilmente vai se reproduzir neste ano graças a fatores climáticos e iniciativas de prevenção feitas pelo governo.

No ano passado, a área destruída por fogo no Brasil em 2024 subiu 90% ante o mesmo período de 2023, indo de 156.448 km² a 297.680 km².

Um dos principais fatores que contribuem para a avaliação de que a crise não se repetirá em 2025 é justamente o clima, que está dentro de um padrão mais regular, segundo os técnicos. Em 2023 e 2024, o país foi atingido por uma seca muito forte, e no ano passado a curva de focos de incêndio começou cedo, em maio. Neste ano, isso não aconteceu, e houve registro de chuvas recentes no Pantanal e na Amazônia.

A Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que trouxe corresponsabilidades no combate às chamas, também é vista como importante para reduzir os focos de incêndio. Aliado a isso, há uma expectativa de que as investigações na Polícia Federal para identificar os responsáveis pelas queimadas no ano passado avancem, o que, na avaliação do governo, ajuda a coibir essa atuação.

O Ministério do Meio Ambiente também adotou algumas iniciativas de prevenção, como editar, em fevereiro, uma portaria que declara estado de emergência ambiental em risco de incêndios florestais em estados e municípios em épocas e regiões específicas. A ideia é facilitar a atuação nesses locais, sob orientação de meteorologistas e analistas climáticos.

Além disso, a sala de situação que foi instalada no ano passado para enfrentamento das queimadas no Pantanal e na Amazônia foi reinstalada, mas com foco em prevenção.

A mobilização agora, com o início da seca mais intensa, também busca evitar mais críticas no ano da COP30, a 30ª conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025 em Belém, no Pará. O evento é contestado atualmente por causa dos preços abusivos praticados pela rede hoteleira da capital.

Danielle Brant/Folhapress



Fonte: Política Livre

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