A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) 08 de outubro de 2025 | 17:51
‘O processo legislativo aqui na Casa está sendo atropelado’, diz Aladilce
Líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) voltou a criticar a condução dos trabalhos no Legislativo soteropolitano. Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (8), a parlamentar afirmou que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) tem enviado sucessivos pacotes de projetos para apreciação sem o devido cuidado e debate.
“Chegaram muitos projetos. Eu acho uma temeridade votar de maneira apressada. Hoje, inclusive, nós tomamos conhecimento de uma recomendação — mais uma — do Ministério Público, para que não seja votado o projeto 424, que aumenta o gabarito da Orla. Essa pode ser uma pauta responsável por essa atitude da bancada do prefeito de evitar o debate aqui. Porque, quando tem sessão, tem debate: as pessoas sobem à tribuna, fazem as críticas necessárias, e essas informações chegam à imprensa, chegam ao povo, chegam ao público da cidade, que tem todo o direito de saber o que está tramitando na Casa”, declarou.
Ainda de acordo com Aladilce, as pautas não estão sendo discutidas nem amadurecidas da forma e no tempo adequados.
“É um absurdo que essas matérias estejam sendo votadas sem a necessária discussão e divulgação, que deveriam ter sido feitas. O que deveria estar sendo debatido na cidade é o PDDU, e não projetos de lei que o alteram. Essa recomendação do Ministério Público, da qual tomamos conhecimento hoje de manhã, espero que tenha êxito. Temos feito apelos, chamando a atenção para a importância do funcionamento do Conselho da Cidade, para que as pessoas tomem conhecimento e opinem — porque a cidade é de todos”, continuou.
A vereadora também acrescentou que há informações de que o chefe do Palácio Thomé de Souza pretende enviar novos projetos para apreciação ainda neste segundo semestre.
“Já estamos nos encaminhando para o final do ano. A informação que temos é que virão outros. São pacotes e mais pacotes que ele não conseguiu aprovar no primeiro semestre, porque havia uma insatisfação grande na base — ele não estava conseguindo harmonia com a bancada dele. E agora quer tirar a diferença prejudicando a cidade e fazendo com que a Câmara deixe de cumprir o seu papel”, finalizou.
Reinaldo Oliveira, Política Livre