Ex-ministro e presidente do PL na Bahia, João Roma, 07 de outubro de 2025 | 18:03
Após protesto de agricultores, João Roma critica governos do PT por falta de medidas para combater efeitos da seca na Chapada Diamantina
O ex-ministro e presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou nesta terça-feira (7) a falta de políticas públicas eficazes do governo estadual para garantir o acesso à água nas regiões que sofrem historicamente com a seca. A declaração foi dada após um protesto de agricultores na BA-142, entre os municípios de Wagner e Utinga, que bloquearam parte da rodovia para cobrar medidas diante da crise de abastecimento que afeta também Lajedinho e outras cidades da Chapada Diamantina.
Roma afirmou que, mesmo após quase duas décadas de governos petistas na Bahia, o Estado continua sem uma política estruturante para o enfrentamento da estiagem. Segundo ele, a repetição de crises hídricas demonstra o fracasso de gestões que se limitam a soluções paliativas, sem investir em obras que possam garantir segurança hídrica à população e aos produtores rurais.
“É inaceitável que, depois de tantos anos, comunidades inteiras ainda dependam de carros-pipa para ter acesso à água. Essa é uma realidade que humilha o nosso povo e impede o desenvolvimento do interior. O governo do PT fala em convivência com a seca, mas o que vemos é convivência com o descaso e a omissão”, criticou o presidente estadual do PL.
O ex-ministro destacou que a estiagem provoca consequências severas todos os anos, comprometendo o abastecimento doméstico, o consumo animal e as atividades agrícolas. “Enquanto o trabalhador rural luta para salvar sua produção e garantir água para a família, o governo do PT ignora as soluções duradouras. Prometem barragens, adutoras e sistemas de abastecimento, mas nada sai do papel. Falta planejamento, prioridade e compromisso com o interior”, afirmou Roma.
Entre as obras cobradas pelo ex-ministro está a barragem do Rio Bonito, apontada como uma alternativa definitiva para mitigar os efeitos da seca na região. Prometida há anos pelo governo estadual, a barragem segue somente no papel. “Essa estrutura seria capaz de transformar a realidade de milhares de famílias, mas o projeto não anda. Enquanto isso, a população segue sofrendo e a economia local definhando”, completou.
Ele lembrou que, no primeiro semestre, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) esteve na região, mas até hoje não há uma solução para enfrentar o problema. “É muito perceptível que garantir segurança hídrica não é uma prioridade dos governos petistas. Uma prova disso é que ano após ano negligenciaram essa questão que afeta a sobrevivência das pessoas e causa um prejuízo milionário para a agropecuária”, concluiu.