A Associação Cultural dos Espadeiros de Senhor do Bonfim (ACESB) agradece ao jornal A Tarde e à jornalista Miriam Hermes pela matéria no jornal A Tarde, em 10/06/2025, sobre a guerra de espadas e os esforços da entidade em prol da regulamentação dessa manifestação cultural tão importante para o povo bonfinense e para outras cidades da Bahia e do Nordeste.
Contudo, a ACESB vem, por meio desta nota, esclarecer de forma construtiva um ponto específico da reportagem: o título “Espadas de São João: grupo quer legalização de explosivos na Bahia”. Embora compreendamos os critérios jornalísticos na escolha de títulos atrativos, entendemos que, neste caso, a expressão utilizada pode gerar interpretações equivocadas sobre a real natureza da pauta defendida pela associação.
A ACESB não pleiteia a “legalização de explosivos”, mas sim a regulamentação técnica, institucional e segura da produção das espadas juninas, artefatos culturais classificados como fogos de artifício, com características e finalidades distintas de explosivos convencionais. O uso do termo “explosivos” fora desse contexto técnico pode reforçar estigmas, provocar receios infundados e prejudicar o diálogo que construímos há anos com as autoridades, com o Ministério Público, com a sociedade civil e com entidades especializadas.
O corpo da matéria reflete de forma clara e fiel esse esforço conjunto da ACESB, que inclui parcerias técnicas e busca exclusivamente o reconhecimento legal de uma tradição cultural que movimenta a economia, fortalece a identidade regional e atrai milhares de visitantes no período junino. Lamentamos que essa nuance essencial não tenha sido expressa no título, que acabou transmitindo ao leitor uma ideia divergente do conteúdo.
Reiteramos nosso agradecimento pela cobertura do tema e reforçamos que a ACESB segue aberta ao diálogo e à cooperação com a imprensa e todas as instituições comprometidas com a valorização das manifestações culturais populares e com a construção de soluções legais, seguras e sustentáveis para a continuidade dessa tradição centenária.
Senhor do Bonfim – BA, 10 de junho de 2025.
