Gilmar Mendes defende Rodrigo Pacheco para STF e diz que a Corte é ‘jogo para adultos’

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Foto: Antonio Augusto/Arquivo/Ascom/STF
Gilmar Mendes 14 de agosto de 2025 | 11:15

Gilmar Mendes defende Rodrigo Pacheco para STF e diz que a Corte é ‘jogo para adultos’

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes já tem candidato para a próxima vaga que for aberta na Corte: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“A Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente”, disse o magistrado à coluna. “E o senador Pacheco é o nosso candidato. O STF é jogo para adultos”, seguiu, dando a entender que outros ministros também apoiam o nome do parlamentar para integrar o tribunal.

O diálogo ocorreu em uma reunião social e diante de Pacheco, que ouviu calado. Questionado pela coluna, o senador respondeu apenas: “Sou tímido”.

A disputa por uma vaga no Supremo já foi aberta em Brasília diante dos insistentes rumores de que o ministro Luís Roberto Barroso deixará o tribunal em setembro, quando acabar seu mandato na presidência.

Na quarta (13), o ministro Edson Fachin foi eleito para presidir o STF. Ele tomará posse no dia 29 para o biênio 2025-2027. Alexandre de Moraes será seu vice.

Com a possível saída de Barroso, diversos nomes passaram a ser cogitados para substituí-lo, como o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e o do controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho, além do próprio senador Pacheco.

Gilmar afirma que defende o nome do parlamentar independentemente de a vaga no STF ser aberta agora ou mais à frente.

Caso Barroso permaneça na Corte, uma nova vaga seria aberta apenas em abril de 2028, ano em que o ministro Luz Fux completa 75 anos e será obrigado a se aposentar.

O STF tem atuado sob intensa pressão desde a ascensão do bolsonarismo no Brasil.

Ministros tiveram o visto suspenso pelo governo de Donald Trump, que tenta interromper o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Barroso foi um dos atingidos, bem como sua família. O filho dele, Bernardo Van Brussel Barroso, morava em Miami e estava de férias quando o cancelamento do visto do pai foi divulgado. Decidiu não voltar ao país para não correr o risco de ser barrado na fronteira.

Na medida mais dura até agora, o ministro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Magnitsky, que impede uma pessoa de transacionar com instituições que tenham qualquer ligação com os EUA.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Bolsonaro, que mantém estreita conexão com setores do governo Trump e reivindica para si as sanções contra o Brasil, segue fazendo ameaças aos magistrados e a seus familiares a partir dos EUA, onde se diz em exílio.

Mônica Bergamo/Folhapress



Fonte: Política Livre

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