O governador Jerônimo Rodrigues (PT) 18 de agosto de 2025 | 16:41
Jerônimo recua e pede a aliados para não anteciparem tratativas sobre 2026
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) pediu a seus aliados que evitem antecipar tratativas eleitorais relativas ao governo da Bahia em 2026. O movimento acontece após ele mesmo ter aberto uma ampla frente de negociação com prefeitos e lideranças regionais que estiveram no campo da oposição em 2022 para ter o apoio destes na sua reeleição.
“Eu vou aproveitar vocês para tornar a pedir para que prefeitos, deputados, vereadores não entrem nessa de querer fazer disputa de 26 agora”, disse Jerônimo em coletiva de imprensa, durante o ato de lançamento do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Salvador, nesta segunda-feira (18).
“2025 ainda não acabou, eu estou cuidando de correr trecho. Ontem, por exemplo, [em Ipecaetá] nós chegamos à entrega de 201 unidades, de delegacia e pelotão juntos, em dois anos e oito meses […] Eu estou preocupado muito com as entregas, com os anúncios, cuidado do desenvolvimento, agora aqui, por exemplo, ação muito concreta de fazer chegar apoio a quem quer exportar”, emendou.
O freio de arrumação acontece também em meio à pressão do PSD para garantir a vaga do senador Angelo Coronel na chapa majoritária, cujo desenho petista, também num movimento antecipado do senador Jaques Wagner, projeta uma composição puro-sangue, tendo o próprio Wagner e o ex-governador e ministro da Casa Civil, Rui Costa, como companheiros de chapa de Jerônimo no próximo ano.
Neste domingo Coronel ameaçou romper com o grupo petista e migrar para a oposição se for rifado da chapa. “No PSD, estou escalado como candidato à reeleição. Se o PT quiser lançar outros nomes, é problema deles. Mas se o nosso partido não tiver garantido o seu espaço, não vamos ficar no PT. Podemos migrar, sair na oposição ou até seguir independente”, disse o senador em entrevista neste domingo (17) ao portal Coração de Maria.
Jerônimo, por sua vez, pregou unidade ao grupo como fator decisivo nas últimas vitórias eleitorais na Bahia e no Brasil.
“Nós do grupo temos a responsabilidade de fazer, de apresentar dois resultados. O primeiro é montar uma chapa forte, competitiva, e a outra é continuar com o grupo unido, a política exige da gente a unidade. Por isso que nós temos sucesso até agora, tanto no nível de estado, no nível de Brasil e nos municípios. A gente faz a unidade acontecer e construímos um ambiente competitivo e seguro, é bom para todo mundo”, finalizou o governador.
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